Em 2050, de cada cinco pessoas no mundo, uma terá mais de 60 anos. Mercado precisa se preparar para atender esse consumidor.
Em 36 anos, uma em cada cinco pessoas no mundo terá mais de 60 anos. O mercado já percebeu que precisa se preparar para atender esse consumidor e está fazendo pesquisas para conhecer melhor o público idoso.
A pesquisa ouviu 30 mil pessoas em 60 países e quis saber os medos, as expectativas de quem ainda vai chegar na terceira idade e o que é mais difícil para quem está nela. Os entrevistados podiam escolher várias alternativas. O maior medo é perder a agilidade mental e física e de precisar de ajuda para se cuidar. “Tenho medo dessa dependência que vou sofrer”, conta a aposentada Sylvia Pereira Trabulsi.
Ela é casada com Theóphilo Trabulsi, de 90 anos. Ele mora em São Paulo, mas como tem negócios no interior, sempre vai a Bauru para acompanhar a administração dos imóveis. Engenheiro eletricista e civil, o aposentado ainda tem disposição de sobra para o trabalho. “Eu gosto de trabalhar, cuidar de banco, pagar contas, verificar se o dinheiro vai dar, essas coisas mexem na cabeça”, diz.
O engenheiro se preocupa com a saúde. “Eu sigo o que os médicos mandam. Já puseram ponte de safena há 20 anos e nessa ocasião os médicos me deram um rito, um modo de vida que eu deveria levar”.
Alimentação saudável também é preocupação de 47% dos entrevistados. Entretanto, 45% têm dificuldade para encontrar alimentos que atendam às necessidades nutricionais dos idosos e 44% querem embalagens com quantidades menores de comida.
O estudo revelou que mais de 80% dos brasileiros estão otimistas em relação ao dinheiro. “Os entrevistados declaram que quando se aposentarem estarão mais bem preparados do que seus pais financeiramente”, explica a analista de mercado Aline Sena.